Vasos de Pressão: Entenda as Diferenças entre ASME Divisão 1 e Divisão 2 e Saiba Qual Escolher

🔩 ASME Divisão 1 x Divisão 2: qual é ideal para o seu vaso de pressão?

A Divisão 1 usa fórmulas conservadoras — segura e prática.
A Divisão 2 aplica análises de tensões avançadas — leve e eficiente.
A escolha certa garante segurança e economia no seu projeto! 👷‍♂️💡

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Agora, continue a leitura e entenda tudo sobre os padrões ASME e NR-13

Os vasos de pressão estão entre os equipamentos mais críticos da indústria, exigindo projeto e fabricação dentro de normas rigorosas para garantir segurança e desempenho. A principal referência internacional é o código ASME – Seção VIII, que define as regras para projeto, fabricação e inspeção desses equipamentos.

Dentro dessa seção, duas divisões são amplamente utilizadas: Divisão 1 e Divisão 2. Ambas asseguram a integridade dos vasos de pressão, mas diferem na metodologia de cálculo, fator de segurança, complexidade e custo.
Neste artigo, você vai entender as diferenças práticas entre elas e descobrir qual é mais adequada para o seu projeto.

A Divisão 1 da ASME Seção VIII é a mais tradicional e amplamente usada em projetos de vasos de pressão operando com pressões internas acima de 15 psi (0,1 MPa). É indicada para aplicações até cerca de 3.000 psi (20,7 MPa) e caracteriza-se por empregar fórmulas empíricas e fatores de segurança mais conservadores.

Já a Divisão 2 é voltada a aplicações críticas, com pressões que podem ultrapassar 10.000 psi (69 MPa). Essa divisão utiliza análises de tensões mais detalhadas, muitas vezes com simulações por Elementos Finitos (FEA), permitindo a otimização de espessuras e o uso mais eficiente dos materiais.

Em resumo:

• Divisão 1: regras por fórmula, abordagem conservadora.

• Divisão 2: regras por análise, abordagem otimizada e detalhada.

A filosofia de projeto é o que mais distingue as duas divisões.

• Divisão 1:
  Baseia-se em fórmulas prescritas e usa a teoria da tensão principal máxima. Aplica fatores de segurança elevados:

  • 3,5 vezes a tensão de ruptura (quando o limite de escoamento não é definido).

  • 1,5 vezes a tensão de escoamento (para materiais com limite conhecido).

• Divisão 2:
  Utiliza a teoria de Von Mises, com fatores de segurança menores e critérios modernos de falha:

  • 3,0 para vasos de Classe 1.

  • 2,4 para vasos de Classe 2.

Com isso, a Divisão 2 permite tensões admissíveis mais altas e, portanto, espessuras menores, resultando em vasos até 30% mais leves, mantendo a segurança e a integridade estrutural.

Na Divisão 1, o cálculo de espessura é direto, baseado em fórmulas do parágrafo UG-27, que consideram apenas tensões de membrana.

Já na Divisão 2, os cálculos são mais complexos e envolvem:

• Classificação das tensões (primárias, secundárias, locais etc.);

• Limites de aceitação definidos na Parte 5 da norma;

• Possibilidade de análise computacional por FEA (Finite Element Analysis).

📊 Exemplo prático:
Um vaso de pressão de 72” (183 cm) de diâmetro e 3.000 psi de pressão de projeto, em aço SA-516 Gr.70:

• Divisão 1 → espessura estimada: 5,93 pol.

• Divisão 2 → espessura otimizada: 4,53 pol.

Essa diferença representa economia significativa de material e custo de transporte, sem reduzir a segurança.

A Divisão 2 estabelece controles de qualidade mais rigorosos:

• Todas as soldas principais devem ter penetração total;

• Ensaios radiográficos ou ultrassônicos são exigidos em todas as juntas críticas;

• O teste hidrostático é realizado a 1,25 × a pressão de projeto, limitando tensões induzidas.

Na Divisão 1, o teste hidrostático é de 1,3 × a pressão de projeto, e os requisitos de inspeção são menos detalhados.

Além disso, a Divisão 2 requer:

• UDS (User Design Specification);

• Relatório de Projeto assinado por engenheiro qualificado;

• Documentação técnica mais completa e rastreável.

Essas exigências tornam a Divisão 2 mais cara em termos de engenharia, mas essencial para equipamentos de alto desempenho.

A escolha entre as duas divisões depende do nível de pressão, complexidade do projeto e custo-benefício.

🧩 Use Divisão 1 quando:

• O vaso operar até 20 MPa;

• O projeto for padronizado e simples;

• A aplicação for em indústrias de utilidades, alimentos ou ar comprimido.

⚙️ Use Divisão 2 quando:

• Houver pressões acima de 40 MPa;

• O vaso for de grande porte ou material especial (aço inox, ligas de níquel etc.);

• A planta operar sob condições severas (petroquímica, FPSO, nuclear).

📘 Exemplos:

• Tanques de fermentação → Divisão 1.

• Reatores de hidrogênio → Divisão 2 (menor espessura, maior eficiência).

De acordo com a NR-13, as responsabilidades são compartilhadas entre fabricantes, empregadores, operadores e inspetores.
Quando o equipamento segue o padrão ASME, essas responsabilidades tornam-se ainda mais claras e documentadas.

• Fabricante: deve projetar e construir o equipamento conforme as normas ASME e fornecer o prontuário técnico completo.

• Empregador: deve garantir que o equipamento seja operado e mantido dentro dos parâmetros de projeto, mantendo as inspeções em dia.

• Profissional habilitado (PH): engenheiro responsável pelas inspeções e pela emissão dos laudos NR-13.

• Operadores: devem ser capacitados e treinados de acordo com o tipo de equipamento e suas condições de operação.

A Tercal Engenharia atua em parceria com as empresas para assegurar o cumprimento dessas obrigações, fornecendo serviços técnicos, inspeções e consultoria completa em ASME e NR-13.

Empresas que adotam a ASME como referência técnica obtêm benefícios tangíveis e de longo prazo:

1. Segurança operacional ampliada — menor risco de falhas e acidentes.

2. Conformidade internacional — aceitação global dos equipamentos.

3. Melhor desempenho e confiabilidade — aumento da vida útil dos equipamentos.

4. Redução de custos com paradas e manutenção corretiva.

5. Melhor imagem corporativa e credibilidade perante auditorias.

Na prática, a conformidade com a ASME representa excelência técnica e responsabilidade empresarial — valores que estão no DNA da Tercal Engenharia.

Com mais de nove anos de experiência no mercado de inspeções industriais, a Tercal Engenharia oferece soluções completas para equipamentos sob pressão, tanques metálicos e instrumentos de calibração.

A empresa atua com base em três pilares:

• Validação técnica (V): aplicação rigorosa das normas ASME e NR-13.

• Integridade estrutural (I): monitoramento contínuo e inspeções de alta precisão.

• Performance operacional (P): garantia de eficiência, confiabilidade e conformidade.

Esse conceito é representado pelo Método V.I.P. – Validação, Integridade e Performance em NR-13, desenvolvido pela própria Tercal Engenharia para integrar qualidade, segurança e resultados.

Tanto a ASME Divisão 1 quanto a Divisão 2 garantem segurança e conformidade, desde que aplicadas corretamente.
A primeira é ideal para projetos convencionais, com menor custo e simplicidade.
Já a segunda é perfeita para equipamentos críticos, que exigem desempenho estrutural superior e otimização de peso e material.

Na Tercal Engenharia, aplicamos os critérios da NR-13 e da ASME Seção VIII para garantir que cada vaso de pressão seja projetado, fabricado e inspecionado com segurança, economia e excelência técnica.

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