Vasos de pressão de produção seriada pelo INMETRO categorias IV e V precisam de inspeção NR-13?
Como identificar na prática?
Mesmo com selo do INMETRO, os vasos de pressão categorias IV e V precisam atender à NR-13! ⚙️
Quem garante a instalação correta? E a válvula de segurança, precisa recalibrar?
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A segurança de vasos de pressão é um tema essencial em qualquer indústria.
Muitos gestores acreditam que, ao comprar vasos de pressão certificados pelo INMETRO e classificados nas categorias IV e V, estão dispensados das inspeções da NR-13.
Mas será que essa interpretação é correta?
A Tercal Engenharia, com ampla experiência em inspeções NR-13 e análise de integridade de equipamentos sob pressão, explica o que a norma realmente exige — e por que confiar apenas na certificação do INMETRO pode ser um erro caro e perigoso.
Dispensa da inspeção inicial (NR-13, item 13.5.4.4)
De acordo com a NR-13, o item 13.5.4.4 estabelece que:
“Os vasos de pressão categorias IV ou V, de produção seriada, certificados por Organismo de Certificação de Produto (OCP) acreditado pelo INMETRO, ficam dispensados da inspeção inicial, desde que instalados conforme as recomendações do fabricante.”
Já o item 13.5.4.4.1 determina que a data de instalação deve ser anotada no registro de segurança, pois é a partir dela que se inicia a contagem para a inspeção de segurança periódica.
E segundo o item 13.5.4.5, essa inspeção periódica, composta por exame externo e interno, deve seguir os prazos máximos da Tabela 2 da NR-13, de acordo com a categoria do vaso.
Tabela 2 – Prazos máximos para as inspeções de segurança periódicas
Categoria | Estabelecimento sem SPIE – Exame Externo | Estabelecimento sem SPIE – Exame Interno | Estabelecimento com SPIE – Exame Externo | Estabelecimento com SPIE – Exame Interno |
---|---|---|---|---|
I | 1 ano | 3 anos | 3 anos | 6 anos |
II | 2 anos | 4 anos | 4 anos | 8 anos |
III | 3 anos | 6 anos | 5 anos | 10 anos |
IV | 4 anos | 8 anos | 6 anos | 12 anos |
V | 5 anos | 10 anos | 7 anos | a critério |
A NR-13 realmente estabelece que os vasos de pressão de produção seriada, categorias IV e V, certificados pelo INMETRO, ficam dispensados da inspeção inicial, desde que instalados conforme as recomendações do fabricante.
Mas aqui surge uma questão importante: será que o cliente consegue garantir que essa instalação foi realmente feita conforme as orientações do fabricante? E mais — ele sabe identificar se todos os requisitos técnicos e de segurança foram atendidos?
Na prática, percebemos que muitos manuais de instalação não contemplam todos os aspectos exigidos pela NR-13, como posicionamento adequado, dispositivos de alívio, drenagem, suporte e registro de segurança. Por isso, confiar apenas na montagem sem acompanhamento técnico pode gerar não conformidades e riscos futuros.
E há ainda outra questão que precisa ser considerada: será que o auditor de uma seguradora ou de um fornecedor aceitará tranquilamente quando o cliente afirmar que os vasos de produção seriada não precisam de inspeção?
Na prática, é muito comum que, durante auditorias, o responsável pela instalação ou manutenção não consiga explicar detalhadamente esse item da NR-13, tampouco demonstrar que todos os requisitos foram atendidos.
O resultado? Não conformidades, questionamentos e retrabalho — tudo aquilo que poderia ser evitado com uma simples inspeção realizada por uma empresa especializada.
Portanto, não seria mais simples e seguro contratar uma empresa como a Tercal Engenharia para conduzir o processo corretamente, registrar o equipamento, definir o prazo da próxima inspeção e garantir a conformidade perante auditores, seguradoras e órgãos fiscalizadores?
Como identificar a certificação de um vaso de pressão seriado pelo INMETRO?
A certificação do INMETRO é evidenciada por:
-
Selo de Identificação da Conformidade gravado na placa de identificação do vaso;
-
O selo deve conter o número do Registro do INMETRO;
-
O logo do INMETRO e o número devem estar juntos — não são permitidas outras disposições.
A placa de identificação dos vasos de pressão de produção seriada certificado pelo INMETRO deve ser afixada no corpo do vaso em local de fácil acesso e bem visível. A placa de identificação deve ser indelével, com tamanho de fonte mínimo de 4 mm (quatro milímetros), com no mínimo as seguintes informações:
a) fabricante/importador;
b) número de série ou número de fabricação dado pelo fabricante do vaso de pressão;
c) mês e ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível interna e/ou externa e temperatura correspondente;
e) pressão de ensaio hidrostático;
f) temperaturas mínima e máxima de projeto do metal à pressão correspondente;
g) código de construção e ano de edição;
h) número de rastreabilidade do processo junto ao OCP.
Como verificar se o fabricante possui certificação válida do INMETRO?
Para confirmar se um fabricante é certificado, basta acessar o site do INMETRO:
👉 http://www.inmetro.gov.br/prodcert/empresas/busca.asp
-
Selecionar a opção: “Caldeiras e Vasos de Pressão de Produção Seriada – PT Inmetro nº 255/2014”
-
Pressionar o botão BUSCAR
Assim é possível verificar se o modelo adquirido realmente está homologado.
Quem deve constar como fabricante em vasos importados?
Conforme as portarias INMETRO nº 248/2014 e nº 255/2014, os vasos de pressão de produção seriada importados e certificados pelo INMETRO devem trazer o nome do importador no campo destinado ao fabricante, para atender ao item 13.5.1.4, alínea “a” da NR-13.
Checklist prático de entrega e instalação
A experiência em campo mostra que muitos problemas já surgem na etapa de entrega e instalação. Para evitar não conformidades, recomendamos este checklist:
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Instalação conforme manual do fabricante;
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Prontuário do fabricante aprovado;
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Selo do INMETRO conforme;
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Placa de identificação conforme;
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Registro de Teste Hidrostático (TH) conforme;
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Abertura do Livro de Registro de Segurança (pelo PH);
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Registro de ocorrência com a próxima inspeção prevista (pelo PH).
Esse cuidado garante conformidade documental e evita dor de cabeça em futuras auditorias.
Experiência de campo: atenção à espessura mínima
A experiência prática da Tercal Engenharia mostra que, nos últimos anos, muitos fabricantes estão produzindo vasos com espessuras cada vez menores — muitas vezes no limite mínimo permitido pela norma.
De acordo com o ASME Section VIII – Division 1, UG-16 (f), página 8, a espessura mínima permitida para vasos de pressão não deve ser inferior a 2,5 mm.
Entretanto, temos encontrado vasos fabricados com 2,6 mm, ou seja, apenas 0,1 mm acima do limite mínimo.
Isso significa que, devido às intempéries e condições de processo, o vaso pode atingir 2,5 mm em menos de um ano, reduzindo drasticamente sua margem de segurança.
📌 Alerta Técnico – Espessura Mínima segundo ASME VIII UG-16 (f)
De acordo com o ASME Section VIII – Division 1, UG-16 , página 14, a espessura mínima permitida para vasos de pressão não pode ser inferior a 2,5 mm.
Isso significa que qualquer vaso fabricado com espessura próxima a esse limite (ex.: 2,6 mm) pode atingir rapidamente a espessura mínima devido à corrosão, desgaste ou condições de processo, colocando em risco a integridade do equipamento.
Recomendação da Tercal Engenharia: não espere o prazo máximo previsto na NR-13. Registre a instalação, abra o livro de segurança e programe a primeira inspeção em até 1 ano, garantindo segurança, conformidade e proteção do patrimônio.
Recomendação da Tercal Engenharia
Embora a NR-13 permita prazos maiores (até 5 anos em alguns casos), nós recomendamos fortemente:
-
Realizar a primeira inspeção já no primeiro ano após a instalação;
-
Abrir o livro de registro e registrar a data para a próxima inspeção;
-
Contar com um Profissional Legalmente Habilitado (PLH) para definir o prazo adequado.
⚠️ Lembre-se: se um vaso de pressão perde espessura em apenas um ano e sofre ruptura, as consequências podem ser graves — desde acidentes com funcionários até processos judiciais e problemas com seguradoras.
Economizar na inspeção pode sair muito mais caro no futuro.
⚖️ Compromisso com a Segurança, não com a Demanda
Na Tercal Engenharia, nosso objetivo não é criar demanda de inspeções ou aumentar a quantidade de serviços prestados. Nosso compromisso é, antes de tudo, com a segurança das pessoas, dos equipamentos e das instalações industriais.
Acreditamos que cada cliente tem o direito de seguir a interpretação que considerar mais adequada. Se optar por realizar apenas a inspeção de fábrica certificada pelo INMETRO e assumir integralmente a responsabilidade sobre o equipamento, respeitamos essa decisão.
Por outro lado, com base em nossa experiência de campo e conhecimento técnico da NR-13 e da ASME VIII, entendemos que uma inspeção de segurança inicial e o acompanhamento periódico são práticas indispensáveis para garantir a integridade do vaso de pressão e a tranquilidade do cliente.
Sabemos que esse posicionamento pode, em alguns casos, nos fazer abrir mão de fechar um contrato — e tudo bem. Preferimos perder um serviço do que comprometer a segurança e a confiança que construímos ao longo dos anos.
🧩 Pergunta 1 — Se o vaso é dispensado da inspeção inicial, quem vai garantir que ele está instalado conforme as instruções do fabricante?
A instalação segura é responsabilidade do usuário do equipamento, e deve ser verificada e registrada pelo Profissional Habilitado (PH) responsável pela NR-13 da empresa.
Embora a norma dispense a inspeção inicial formal, não dispensa a verificação técnica da instalação.
É papel do PH confirmar que:
-
O vaso foi instalado conforme as instruções do fabricante;
-
Atende aos requisitos de acessibilidade, ventilação, alívio de pressão, instrumentação e proteção contra sobrepressão, conforme o item 13.4.3 da NR-13;
-
E que toda a documentação técnica (certificados, relatórios de ensaio, selo do INMETRO e manual de instalação) está completa e arquivada.
💡 Ou seja: mesmo sem a inspeção inicial formal, o vaso só pode entrar em operação após a validação técnica da instalação feita por um PH.
🧪 Pergunta 2 — E quanto à válvula de segurança? Mesmo calibrada de fábrica, não seria prudente calibrar novamente antes da operação?
Sim, é altamente recomendável que a válvula de segurança seja verificada ou recalibrada antes da entrada em operação.
A NR-13 não proíbe o uso da calibração de fábrica, mas na prática, há fatores que podem alterar a regulagem original, como:
-
Vibração e impacto durante o transporte;
-
Montagem incorreta ou sujeira na linha;
-
Armazenamento inadequado;
-
Falta de identificação ou lacre rompido.
Portanto, a boa prática de engenharia e a gestão de integridade recomendada pela NR-13 indicam que o PH deve exigir comprovação da calibração válida (certificado recente e lacre intacto).
Na dúvida, a recalibração em bancada acreditada é a forma mais segura de garantir o correto funcionamento do dispositivo de alívio.
🏭 Pergunta 3 — A calibração de fábrica se refere à fábrica da válvula ou do vaso?
A “calibração de fábrica” mencionada na NR-13 refere-se à fábrica da válvula de segurança, e não à do vaso de pressão.
Ou seja, a responsabilidade pela calibração é do fabricante da válvula, que deve fornecer:
-
Certificado de calibração emitido em conformidade com o padrão INMETRO ou ISO/IEC 17025;
-
Identificação da pressão de abertura (set pressure);
-
Data e rastreabilidade do ensaio.
O fabricante do vaso apenas instala a válvula calibrada e garante a compatibilidade entre a pressão de abertura e a pressão de projeto do vaso.
Mas a responsabilidade final pela manutenção e funcionamento contínuo é do usuário e do PH.
🏭 Pergunta 4 — De acordo com 13.5.4.4, os vasos de pressão categorias IV ou V de fabricação em série, certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, que possuam válvula de segurança calibrada de fábrica ficam dispensados da inspeção inicial, desde que instalados de acordo com as recomendações do fabricante. Que recomendações mínimas os fabricantes de vasos de pressão utilizados em compressores de pistão, enquadrados em 13.5.4.4, devem fornecer?
Como os vasos de pressão enquadrados em 13.5.4.4 estão excluídos no requisito da inspeção de segurança inicial, os fabricantes de vasos de pressão de compressores de pistão (ver Figura 18) devem fornecer informações aos usuários de forma que estes possam verificar no mínimo os seguintes itens:
a) forma recomendada para fixação do vaso de pressão no solo;
b) utilização de dreno automático ou recomendações para drenagem manual;
c) orientação para calibração dos instrumentos de controle;
d) orientação para calibração dos instrumentos de segurança, por exemplo, manômetro;
e) fornecimento de válvula de segurança no equipamento especificada de acordo de projeto e suas instruções para manutenção.
Conclusão
A NR-13 dispensa a inspeção inicial para vasos de pressão categorias IV e V seriados pelo INMETRO, mas não elimina a responsabilidade do cliente.
Cabe ao proprietário:
-
Verificar a certificação no site do INMETRO;
-
Garantir instalação correta;
-
Abrir o livro de registro;
-
Definir, com apoio de um PLH, a periodicidade da inspeção.
Na prática, a experiência da Tercal Engenharia mostra que antecipar inspeções é a forma mais segura de proteger vidas, patrimônio e manter a conformidade legal.
Como a Tercal Engenharia Pode Ajudar
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Cada empresa possui necessidades específicas. A Tercal realiza um levantamento detalhado dos equipamentos, define o cronograma de inspeção e aplica métodos adequados de acordo com o tipo de vaso ou caldeira.
Equipe Qualificada
Todos os profissionais da Tercal são capacitados para conduzir inspeções rigorosas, utilizando tecnologias modernas e seguindo padrões de segurança. O treinamento contínuo garante que os procedimentos sejam executados com excelência.
Benefícios de Contratar a Tercal Engenharia
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Segurança Garantida: profissionais capacitados realizam inspeções confiáveis e seguem rigorosamente a NR-13.
-
Redução de Riscos: identificação de falhas antes que causem acidentes ou paradas emergenciais.
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Eficiência Operacional: cronogramas estratégicos de inspeção e manutenção preventiva aumentam a produtividade.
-
Documentação Completa: relatórios detalhados servem como histórico e comprovação de conformidade legal.
-
Suporte Contínuo: consultoria e acompanhamento ajudam na melhoria contínua dos processos.
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